ES é o maior importador de aeronaves do BrasilPublicado em 12/09/2022 O mercado de importação
de aeronaves executivas está em franco crescimento no país e, em mais um
segmento, o Espírito Santo se destaca por sua localização privilegiada, seu
histórico nas importações e as condições favoráveis para os negócios do setor. Para
se ter uma ideia do aquecimento da pauta, aviões novos de médio e grande porte
só têm entregas disponíveis para o Brasil em 2024. Luiz Braga, coordenador
do comitê técnico de aeronaves e diretor da Comexport Trading, explica que o
agronegócio foi um dos grandes responsáveis pelo aumento da demanda interna por
importação de aeronaves. “A produção dos aviões também foi afetada pela
pandemia, as entregas atrasaram e faltam insumos para atender à demanda
mundial. Diante disso, o prazo chega a 2024”, pontuou. Ele estima que o
Estado seja responsável pela importação de cerca de 90% de todas as aeronaves
que chegam ao Brasil, e atribui o fato à localização privilegiada, aos
incentivos fiscais e às condições favoráveis, ressaltando o Aeroporto de Vitória.
“O Espírito Santo tem uma cultura de 30 anos nas importações, oferecendo
condições logísticas favoráveis para o segmento”. Guilherme
Picard, CEO da Savixx, também ressaltou a oferta de estrutura fiscal competitiva
no Espírito Santo e as operações ágeis e eficientes – incluindo todos os órgãos
competentes que envolvem a nacionalização das aeronaves. “Hoje a Savixx faz
100% de suas importações via Espírito Santo e, dado o crescimento das
operações, creio que algo que podemos melhorar é a pouca disponibilidade de
slots (espaços reservados para pouso)”, pontuou. A disponibilidade de slots é,
inclusive, uma das principais pautas do novo comitê técnico de aeronaves. Para o sócio da
Sertrading Luciano Sapata, a importação de aeronaves está em crescimento desde
2019 e o pico aconteceu durante a pandemia, visto o déficit de rotas no Brasil.
Ele ressalta que as tradings cumprem um papel importante no processo de nacionalização
das aeronaves que chegam ao Estado, seja pela expertise ou pelos benefícios
fiscais e tributários. “Dentre os
principais atrativos das operações pelo Espírito Santo estão o Fundap,
incentivo com mais de 50 anos; o Ato Cotepe, um benefício adicional concedido
às tradings; e a infraestrutura logística capixaba, principalmente, do novo
aeroporto de Vitória”, pontuou Sapata, que acredita que o Espírito Santo
continuará na vanguarda como o principal estado para a importação de aeronaves
e que o grande desafio é manter a estrutura jurídica das operações. Para Márcio
Silberberg, diretor de Operações e TI da Terra Nova Trading, o Espírito Santo
vem trabalhando muito bem o setor de aeronaves. “O mercado de importação de
aeronaves está aquecido e o Brasil, devido às suas características, tem uma
demanda grande neste segmento. Os setores público e privado do Espírito Santo estão
em perfeita sincronia, deixando as etapas do processo rápidas e eficientes. E o
Sindiex tem uma participação importante nesse sucesso, atuando fortemente nos
assuntos jurídicos e técnicos”. Mostrando a força do segmento, algumas empresas associadas ao Sindiex participaram, recentemente, da 17ª edição da Labace – o maior evento de aviação de negócios da América Latina. Estiveram presentes a Comexport, Razac, Sertrading, Savixx, WM Trading e Timbro. |
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